Vôlei

VÔLEI

Temporada 2014/2015 da Superliga Feminina começa nesta sexta-feira

Campeonato marcará a despedida da levantadora Fofão, nas quadras há mais de 30 anos e dona de três medalhas olímpicas

postado em 07/11/2014 11:58

Maíra Nunes - Especial para o Correio

A Superliga começa hoje para as meninas e com muitas novidades. Uma das quatro forças da temporada passada está fora — o Vôlei Amil, de Campinas, fechou as portas, mesmo com os bons resultados dos dois anos do projeto. O Barueri é a outra baixa da competição, ambos por motivos financeiros. Caminho facilitado para o Brasília Vôlei, que busca chegar às semifinais da competição, reforçado com a levantadora Pri Heldes e com a central Angélica, ex-Amil, além da ponteira Bruninha, ex-Barueri.

Esta edição marca a despedida da levantadora Fofão, há quase 30 anos nas quadras, com três medalhas olímpicas no currículo e ainda apresentando um vôlei de alto nível. A atleta, de 44 anos, por sinal, entra em quadra hoje com o Rio de Janeiro, atual campeão, contra o Rio do Sul (SC), em partida isolada — a rodada inaugural continua na semana que vem.

Na terça-feira, o Brasília recebe o São Bernardo, no Sesi Taguatinga. Conquistado o objetivo traçado no primeiro ano da equipe, de se classificar para os play-offs, a meta agora passa a ser mais ousada. Com a ajuda dos reforços e de um orçamento 30% maior do que na temporada anterior, segundo a presidente, Leila, o grupo pretende terminar o torneio entre os quatro melhores.

Algumas mudanças marcam esta temporada, como a volta do set com 25 pontos, a final disputada em partida única e a ausência de Zé Roberto, que vai se dedicar exclusivamente à Seleção feminina. Mesmo assim, a notícia que mais surpreende o mundo do vôlei é a dúvida que ronda a carreira de uma das melhores jogadoras brasileiras: a ponteira Jaqueline. Após um período afastada das quadras para o nascimento do filho, a atleta segue sem time às vésperas do início da competição.

Divulgação/CBV

As favoritas ao título
Rio de Janeiro é o atual campeão e o time que mais títulos conquistou na competição. São nove ao total. O outro finalista da temporada passada é o Sesi-SP, que manteve a mesma base com exceção da levantadora Dani Lins sob o comando do campeão olímpico em Barcelona/1992 Talmo de Oliveira. O Osasco é outra força indiscutível da Superliga. A campanha de classificação da edição passada foi impecável. Mas, depois de onze anos marcando presença na final da competição, o time caiu na semifinal diante do Sesi-SP.

William Lucas/Vipcomm

Baixa na elite
Zé Roberto não participará da Superliga nesta temporada. Antes mesmo de o Vôlei Amil anunciar o fim do time, o então comandante da equipe de Campinas já havia decidido dedicar-se exclusivamente à Seleção Feminina. Em compensação, Bernardinho, também à frente da Seleção, a masculina, segue no time do Rio de Janeiro.

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Brasília Vôlei de cara nova
Do elenco da última temporada, ficaram apenas as ponteiras Érika Coimbra, Paula Pequeno, Verê e Bruna Neri e a oposta Elisângela sob o comando de Sérgio Negrão. Entre as muitas novidades, os destaques são a levantadora Pri Heldes e a central Angélica, ambas ex-Vôlei Amil.

Todas de Alexandre Arruda/CBV

Onde estão as principais estrelas
No Osasco: a levantadora campeã olímpica Dani Lins, a experiente e também campeã olímpica Mari e a central Thaisa

No Sesi-SP: a central Fabiana

No Rio de Janeiro: a ponteira Natália e a experiente Fofão, que segue no levantamento do time carioca para a última temporada da carreira ainda em alto nível

No Praia Clube: a maior pontuadora da última edição, a ponteira Tandara

João Pires/Vipcomm

Jaqueline não sabe para onde vai...
A jogadora de Seleção Brasileira, que conquistou a prata no Mundial da Itália, em setembro, estava sem time às vésperas do início da Superliga. Após ficar afastada dois anos por causa do nascimento do filho, a atleta não pôde voltar ao clube antigo, o Osasco.

...e o regulamento com isso?
O limite de duas contratações das top do ranking da CBV impede que o Osasco contrate Jaqueline. Segundo a confederação, o regulamento tem por finalidade principal “promover o equilíbrio de forças entre as equipes, mediante sistema de pontuação que contempla o gabarito técnico de cada jogadora, sua carreira e desempenho nas últimas temporadas”. As demais equipes, no entanto, contam com no máximo uma jogadora top e poderiam contratá-la. Mas esbarram no alto salário da gabaritada jogadora.