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Racismo no futebol: veja casos de jogadores da Copa que sofrem com o problema

De imitações de macacos a xingamentos em redes sociais, muitos jogadores de futebol negros sofrem com o racismo diariamente

03 de julho de 2014 - 13:09
  • O brasileiro Daniel Alves já afirmou estar cansado das reações racistas nos jogo de futebol. Seu episódio mais recente (e mais famoso) foi em uma partida pelo Barcelona contra o Vilarreal, na Espanha, em abril de 2014. Um torcedor jogou uma banana em Daniel quando ele estava prestes a cobrar um escanteio. O jogador pegou a fruta do chão, descascou e comeu.
  • Colega de time de Daniel Alves, Neymar Jr. teve um episódio parecido. Em Londres, durante um amistoso do Brasil contra a Escócia, um torcedor também jogou uma casca de banana no jogador. Depois da atitude de Dani Alves, ele lançou na internet a campanha #somostodosmacacos, que acabou gerando polêmica na rede.
  • Por onde passou, o camaronense Samuel Eto'o enfrentou racismo. Na Europa, ele jogou no Real Madrid, no Barcelona, na Internazionale e atualmente está no Chelsea. Durante sua temporada na Espanha, ele cobrou punições mais severas contra os atos racistas nos estádios, mas não teve muito sucesso: as multas não chegavam a 9 mil euros.
  • O marfinense Yaya Touré teve que enfrentar, em 2013, diversos episódios de racismo quando jogava pelo Chelsea na Liga dos Campeões. Em uma partida contra o CSKA Moscou, ele ouviu sons de macaco vindos da torcida. Desde então, ele luta para que a Uefa seja mais rígida nas punições de racismo durante o campeonato.
  • O brasileiro Marcelo foi a primeira vítima de racismo em campo da Copa de 2014. E, contrastando com muitos casos, ele aguentou o desrespeito da torcida. Depois de marcar um gol contra o Brasil, na partida de abertura do torneio, ele foi insultado por alguns usuários de redes sociais, que atribuíram a falha em jogo à cor de sua pele.
  • Estrela da seleção da Itália, Mario Balotelli sempre manteve o silêncio em relação às provocações racistas que sofreu durante toda a carreira. Mas em junho deste ano, depois de ser culpado pela eliminação da Itália da Copa do Mundo, ele finalmente fez um desabafo. Ele gravou um vídeo em resposta a um torcedor que pediu a ele que não jogasse mais, porque não era um 'italiano de verdade'. Sobre isso, ele afirmou: 'os africanos jamais tratariam um irmão assim. Nós negros, como você nos chama, estamos anos-luz na frente. Vergonha não é perder um gol ou sofrer algum. Vergonha são coisas como este vídeo. Italiano de verdade! Dá para acreditar?'
  • Em 2013, o alemão Kevin Prince-Boateng respondeu com raiva as provocações racistas que vinham da torcida. Ele, jogador do Milan, chutou a bola em direção à arquibancada, tirou a camisa e saiu de campo, se recusando a continuar na partida. Alguns meses depois, seis torcedores responsáveis pela agressão foram condenados a 40 dias a dois anos na prisão, além de terem que pagar uma multa de 10 mil euros.
  • O caso do brasileiro Ramires teve um desfecho diferente. Em outubro de 2012, quando ele jogava pelo Chelsea, ouviu o árbitro da partida, Mark Clattenburg, dizer a um companheiro de time que o 'macaco devia calar a boca'. O juiz foi processado pelo jogador, mas foi inocentado.
  • Em 2013, jogando no campeonato turco, Didier Drogba defendeu o Galatasaray no clássico contra o Fenerbahçe. Depois de um desentendimento entre jogadores, a torcida se virou contra o atleta. Fora de campo, ele publicou em uma rede social uma resposta a esse comportamento. 'Você me chama de macaco, mas chorou quando o Chelsea bateu o Fenerbahçe em 2008. Me chama de macaco mas pulou na frente da sua TV quando venci a Liga dos Campeões. Me chama de macaco mas ficou possesso quando venci o Campeonato Turco com o Galatasaray. O mais triste de tudo é que você me chama disso, mas pulou quando meu 'irmão macaco' Webó marcou duas vezes no clássico'.

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  • AFP Photo/Fabrice Coffrini
    O brasileiro Daniel Alves já afirmou estar cansado das reações racistas nos jogo de futebol. Seu episódio mais recente (e mais famoso) foi em uma partida pelo Barcelona contra o Vilarreal, na Espanha, em abril de 2014. Um torcedor jogou uma banana em Daniel quando ele estava prestes a cobrar um escanteio. O jogador pegou a fruta do chão, descascou e comeu.
  • AFP Photo/Fabrice Coffrini
    Colega de time de Daniel Alves, Neymar Jr. teve um episódio parecido. Em Londres, durante um amistoso do Brasil contra a Escócia, um torcedor também jogou uma casca de banana no jogador. Depois da atitude de Dani Alves, ele lançou na internet a campanha #somostodosmacacos, que acabou gerando polêmica na rede.
  • AFP Photo/Pierre-Philippe Marcou
    Por onde passou, o camaronense Samuel Eto'o enfrentou racismo. Na Europa, ele jogou no Real Madrid, no Barcelona, na Internazionale e atualmente está no Chelsea. Durante sua temporada na Espanha, ele cobrou punições mais severas contra os atos racistas nos estádios, mas não teve muito sucesso: as multas não chegavam a 9 mil euros.
  • AFP Photo/Jewel Samad
    O marfinense Yaya Touré teve que enfrentar, em 2013, diversos episódios de racismo quando jogava pelo Chelsea na Liga dos Campeões. Em uma partida contra o CSKA Moscou, ele ouviu sons de macaco vindos da torcida. Desde então, ele luta para que a Uefa seja mais rígida nas punições de racismo durante o campeonato.
  • AFP Photo/Fabrice Coffrini
    O brasileiro Marcelo foi a primeira vítima de racismo em campo da Copa de 2014. E, contrastando com muitos casos, ele aguentou o desrespeito da torcida. Depois de marcar um gol contra o Brasil, na partida de abertura do torneio, ele foi insultado por alguns usuários de redes sociais, que atribuíram a falha em jogo à cor de sua pele.
  • AFP Photo/Javier Soriano
    Estrela da seleção da Itália, Mario Balotelli sempre manteve o silêncio em relação às provocações racistas que sofreu durante toda a carreira. Mas em junho deste ano, depois de ser culpado pela eliminação da Itália da Copa do Mundo, ele finalmente fez um desabafo. Ele gravou um vídeo em resposta a um torcedor que pediu a ele que não jogasse mais, porque não era um 'italiano de verdade'. Sobre isso, ele afirmou: 'os africanos jamais tratariam um irmão assim. Nós negros, como você nos chama, estamos anos-luz na frente. Vergonha não é perder um gol ou sofrer algum. Vergonha são coisas como este vídeo. Italiano de verdade! Dá para acreditar?'
  • Reuters/Marcos Brindicci
    Em 2013, o alemão Kevin Prince-Boateng respondeu com raiva as provocações racistas que vinham da torcida. Ele, jogador do Milan, chutou a bola em direção à arquibancada, tirou a camisa e saiu de campo, se recusando a continuar na partida. Alguns meses depois, seis torcedores responsáveis pela agressão foram condenados a 40 dias a dois anos na prisão, além de terem que pagar uma multa de 10 mil euros.
  • Reuters/Ivan Alvarado
    O caso do brasileiro Ramires teve um desfecho diferente. Em outubro de 2012, quando ele jogava pelo Chelsea, ouviu o árbitro da partida, Mark Clattenburg, dizer a um companheiro de time que o 'macaco devia calar a boca'. O juiz foi processado pelo jogador, mas foi inocentado.
  • AFP Photo/Aris Messinis
    Em 2013, jogando no campeonato turco, Didier Drogba defendeu o Galatasaray no clássico contra o Fenerbahçe. Depois de um desentendimento entre jogadores, a torcida se virou contra o atleta. Fora de campo, ele publicou em uma rede social uma resposta a esse comportamento. 'Você me chama de macaco, mas chorou quando o Chelsea bateu o Fenerbahçe em 2008. Me chama de macaco mas pulou na frente da sua TV quando venci a Liga dos Campeões. Me chama de macaco mas ficou possesso quando venci o Campeonato Turco com o Galatasaray. O mais triste de tudo é que você me chama disso, mas pulou quando meu 'irmão macaco' Webó marcou duas vezes no clássico'.
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