Assim, segue o tabu alvirrubro de nunca ter avançado da fase de grupos do Regional, desde a sua retomada, em 2013. De quebra, o Náutico perde uma cota de R$ 450 mil.
Agora sim, todas as atenções estão voltadas para a final do Campeonato Pernambucano, contra o Central. O Náutico não é campeão desde 2004.
O jogo
Como já esperado, poupando seus principais jogadores para a partida de ida da final do Estadual contra o Central, domingo, em Caruaru, o técnico Roberto Fernandes apostou em um time praticamente todo reserva diante do Altos. Da equipe principal, apenas o goleiro Bruno foi escalado. E nos minutos iniciais, a impressão era de que a equipe alternativa seria suficiente para vencer a equipe piauiense, em Teresina.
Diante de um eliminado e frágil Altos, o time B do Náutico não teve dificuldades para chegar ao ataque. O problema era o último passe, o da finalização. Mesmo assim, os alvirrubros abriram o placar logo aos 13 minutos, com o zagueiro Rafael Ribeiro, de cabeça, após cobrança de escanteio.
A impressão era de que seria possível conseguir que vitória fácil e até mesmo golear, já que apenas com um triunfo por cinco gols de diferença daria ao Timbu a vaga nas quartas de final, independentemente do resultado entre Botafogo-PB e Bahia, que se enfrentaram no mesmo horário, em João Pessoa.
Porém, aos poucos, o Náutico foi se atrapalhando sozinho na partida. Principalmente na defesa. Assim, mesmo se mostrar grande coisa, o Altos empatou, em cobrança de pênalti convertida pelo volante Dos Santos, aos 26, e virou com Manoel, livre, aproveitando rebote do goleiro Bruno, aos 37. Na origem da jogada, Joelson estava impedido.
A essa altura, o Bahia já vencia Botafogo-PB por 2 a 0. O que significava que bastaria uma vitória simples ao Náutico para avançar de fase. E aos 46 minutos veio o gol da esperança, com Jobson. Melhor jogador em campo, o volante alvirrubro iniciou a jogada e aproveitou rebote do goleiro Gideão (ex-Náutico).
Segundo tempo
No retorno para a etapa final, Roberto Fernandes tirou o apagado Clebinho para por em campo o centroavante Daniel Bueno. A ideia era explorar o jogo aéreo, até por conta do gramado pesado em decorrência das fortes chuvas que caíram na capital piauiense.
Além disso, o volante Hygor foi deslocado para a lateral direita, com Bryan atuando mais avançado pelo setor. As mudanças, no entanto, não surtiram efeito e o Náutico perdeu mobilidade na frente, facilitando a marcação do Altos. Para tentar corrigir isso, aos 14 minutos, Rogerinho foi acionado na vaga de Fernandinho. Cinco minutos depois, o prata da casa daria o primeiro chute da equipe no segundo tempo. Para longe.
Para piorar, a chuva ficou ainda mais forte, dificultando ainda mais o jogo ofensivo. Aos 30 minutos, Roberto Fernandes tentou sua última cartada ao colocar o meia Luiz Henrique na vaga do fraco Bryan. Porém, a única chance timbu veio em um chute de fora da área de Jobson, um minuto depois. Náutico eliminado.
Ficha do jogo
Altos 2
Gideão; Tote (Vágner), Leone, Alisson e Netinho (Everton); Dos Santos, Marconi, Esquerdinha e Manoel; Alex Mineiro (Douglas Camilo) e Joelson. Técnico: Paulinho Kobayashi
Náutico 2
Bruno; Bryan (Luiz Henrique), Rafael Ribeiro, Richard e Gabriel Araújo; Hygor, Jobson, Wendel e Clebinho (Daniel Bueno); Fernandinho (Rogerinho) e Odilávio. Técnico: Roberto Fernandes.
Local: Estádio Albertão, em Teresina
Árbitro: Avelar Rodrigo da Silva (CE)
Assistentes: Anderson Moreira de Farias e Renan Aguiar da Costa (ambos do CE)
Gols: Rafael Ribeiro (13 min do 1º), Dos Santos (26 min do 1º), Manoel (37 min do 1º). Jobson (46 min do 1º)
Cartões amarelo: Do Santos, Tote, Joelson, Esquerdinha, Marconi, Alex Mineiro (A), Luiz Henrique, Rafael Ribeiro (N)