O lance crucial começou ainda no ataque do Sport. Marlone tentou tocar de calcanhar para Gabriel e errou. A bola, então, ficou com o Ceará que se lançou. Na sequência do lance, Felipe Azevedo cruzou na cabeça de Arthur. Na marcação, Max, que acabara de entrar, saltou errado e não evitou o gol do centroavante. No lance, ainda vale ressaltar, o zagueiro do Leão ficou cercado por três atletas do rival em uma clara falha de posicionamento da defesa.
Ainda que tenham tido participação direta na derrota por 1 a 0 para o Vozão, na última quarta-feira, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, o meia Marlone e o zagueiro Max ganharam compreensão do técnico Claudinei Oliveira. O comandante resolveu poupá-los de qualquer tipo de críticas após o confronto.
Primeiro, o treinador comentou o caso de Marlone. Além do decisivo erro no passe, o meia fez um jogo apagado e acabou substituído por Andrigo logo após o gol sofrido pelo Sport. Mesmo com esse cenário negativo, Claudinei Oliveira se ateve a outros aspectos do atleta.
“Marlone é um jogador muito competitivo. Taticamente, ele também cumpre bem a sua função. Lógico que ele não vai acertar 100% das decisões no jogo. No lance (do gol), ele tinha condições de finalizar, mas deu um toque de calcanhar e errou. Esses erros fazem parte do jogo. A gente só o tirou porque não estava fazendo um bom jogo, e Andrigo (substituto) vem treinando bem”, disse. “Não vamos culpar ninguém”, acrescentou.
A estreia de Max
O zagueiro Max chegou ao Sport ainda no dia 4 de abril. Desde então, apenas treinou e ainda sofreu uma lesão no joelho. Era um atleta com difícil possibilidade de aproveitamento até que uma série de imprevistos abriu caminho para ele diante do Ceará.
Primeiro, a suspensão de Ronaldo Alves. Depois, a lesão na panturrilha de Durval. Em seguida, a rescisão contratual de Henríquez. Já durante o jogo dessa quarta-feira, Ernando sofreu uma lesão no dedo do pé e também precisou sair de cena ainda aos 3 minutos do segundo tempo.
“Para zagueiro e goleiro entrar durante jogo é diferente de jogador lá da frente, que não tem tanta responsabilidade se errar. A do zagueiro é maior. Ele precisa pegar o ritmo da bola, ver se tem luz de refletor atrapalhando… Depois do gol, não teve problema com ele durante todo o jogo. Ele ainda entrou de repente. É diferente quando se treina como titular e se prepara para o jogo”, declarou Claudinei Oliveira.