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VIRADA DE MESA

Rebaixado na última rodada, Vasco decide tentar se salvar da degola no 'tapetão'

Clube entrou com recurso na última segunda, alegando que tempo máximo de pausa em uma partida deveria ser de uma hora, e jogo contra Atlético-PR parou por 70 minutos

postado em 10/12/2013 09:49

Agência Estado

Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O Vasco vai tentar recorrer ao famoso 'tapetão' para se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Na noite de segunda-feira o clube decidiu que irá entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ganhar os pontos da partida contra o Atlético-PR, domingo passado, vencida pelos paranaenses por 5 a 1 na Arena Joinville.

Nos planos da direção vascaína está conseguir ganhar os três pontos na justiça e assim chegar aos 47, ultrapassando o Criciúma, que seria a equipe rebaixada para a Série B. Outro beneficiado seria o Botafogo, que passaria o Atlético-PR, terminaria o Brasileirão em terceiro e teria assegurada vaga na fase preliminar do Brasileiro.

A possibilidade de 'tapetão' lembra o Brasileiro de 1999, quando o Botafogo se livrou do rebaixamento conseguindo, na Justiça, os pontos da partida em que levou 6 a 1 do São Paulo. Na época, venceu a tese de que o time paulista deveria perder os pontos da partida por ter escalado irregularmente o jogador Sandro Hiroshi que havia tido a idade adulterada antes de chegar ao Morumbi.

Na época, o 'tapetão' fez o Gama ir à Justiça comum e conseguir paralisar o Campeonato Brasileiro. Como a CBF não podia organizar o torneio em 2000, o Clube dos 13 criou a Copa João Havelange. Não só o Botafogo não precisou jogar a segunda divisão como o Fluminense, que novamente está na Segundona, foi alçado diretamente da Série C à elite.

A alegação do Vasco para ir ao STJD é que a partida na Arena Joinville, paralisada por conta da briga entre torcidas organizadas dos dois clubes, foi retomada mais de 70 minutos depois, desrespeitando o Regulamento Geral de Competições da CBF que determina um máximo de uma hora de pausa.

O Vasco vai tentar provar, no STJD, que o Atlético-PR, mandante da partida, era responsável pela segurança. E que foi a falta desta, por responsabilidade dos paranaenses, que fez o jogo atrasar. Além disso, os cariocas reclamam que Antônio Lopes, ídolo vascaíno e hoje diretor de futebol do Atlético-PR, pressionou o árbitro a continuar a partida. Os jogadores do Vasco, por sua vez, não teriam tido outra possibilidade senão voltar para o jogo (que já estava 1 a 0 para os donos da casa) por conta do temor de violência.