SELEÇÃO ARGENTINA

Atual geração rompe com tradição de jogadores cabeludos na Seleção Argentina em Copas

Nenhum dos convocados aderiu ao tradicional corte utilizado por craques do passado

postado em 10/07/2014 15:10 / atualizado em 12/07/2014 16:36

José Cândido Junior /Superesportes

AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS

De volta à final da Copa do Mundo depois de 24 anos, a Seleção Argentina ainda mantém as tradições de contar com jogadores valentes, de muita raça e entrega dentro de campo, além de ser liderada por um genial camisa 10. Mas o que diferencia a equipe de Allejandro Sabella a de gerações passadas da Albiceleste? Com questões técnicas e táticas deixadas de lado, a resposta é meramente estética: a ausência dos cabeludos no elenco.

Mario Kempes, Ubaldo Fillol, Claudio Caniggia, Gabriel Batistuta, Fernando Redondo, Juan Pablo Sorín, entre vários outros, foram notórios cabeludos que defenderam a Argentina em Mundiais. Na lista também podem ser incluídos Hernán Crespo, Germán Burgos, Mauricio Pochettino, Fabricio Coloccini, Ariel Ortega...

No grupo da Argentina que disputa o Mundial no Brasil, nenhum dos 23 jogadores aderiu às longas madeixas. Lionel Messi, Fernando Gago e o goleiro Sergio Romero, herói da classificação à final com dois pênaltis defendidos contra a Holanda, já tiveram cabelos longos, mas foram diminuindo o comprimento nos últimos anos. Curiosamente, Martin Demichelis seria o único cabeludo do elenco. No entanto, o zagueiro cortou o cabelo em promessa pela convocação para a Copa.

Os cortes preferidos da atual geração são os mais curtos, como o moicano de Ángel di Maria, ou o undercut, utilizado por Sergio Aguero e Marcos Rojo. Há também os carecas, como Pablo Zabaleta, Javier Mascherano e Rodrigo Palácio, que chama a atenção pelo fino rabo de cavalo cultivado ao longo da carreira.

AFP PHOTO


Em 1978, ano do primeiro título mundial da Argentina, conquistado em casa, o grande destaque era o astro Kempes, camisa 10 dono de uma vasta cabeleira. O corte foi adotado pela maioria do elenco da época. No bicampeonato, em 1986, o protagonista Diego Maradona tinha penteado discreto, mas o goleiro Nery Pumpido, com um clássico ‘mullet’ da década de 80, e o volante Sergio Batista mantiveram o tradicional estilo vivo. Já na última decisão de Copa, em 1990, na Itália, perdida contra a Alemanha, mesma rival da final de 2014, Caniggia foi o principal representante dos cabeludos.

Proibição de Passarela em 1998

Em tentativa de impor disciplina, o treinador da Seleção Argentina na Copa de 1998, Daniel Passarela, adotou regras rigorosas aos jogadores, como proibições a uso de cabelo comprido e brincos. Gallardo, Ortega, Almeyda e Crespo aceitaram as determinações autoritárias do treinador e cortaram as madeixas. Mas Redondo e Caniggia demonstraram resistência, não acataram as normas e acabaram cortados pelo ‘comandante’ da convocação para o Mundial da França. Sem os craques e com  todo o elenco de cabelo curto, a consequência: eliminação nas quartas de final diante da Holanda, por 2 a 1, com gol de Dennis Bergkamp nos últimos minutos.

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