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Cruzeiro receberá maior verba entre times que assinaram com o Forte Futebol

Clube celeste deixou a Libra, bloco de clubes do qual fazia parte, para fechar com o "Grupo União", que assinou com investidores do Forte Futebol

postado em 06/07/2023 16:24 / atualizado em 06/07/2023 16:41

(Foto: Abaca/Icon Sport)
O Cruzeiro assinou, nessa quarta-feira (6), contrato com o fundo de investimentos Serengeti, dos Estados Unidos, e com a gestora de investimentos brasileira Life Capital Partners (LCP). Ambos são investidores captados pelo Forte Futebol para a futura liga. As informações são do jornalista Rodrigo Capelo, do ge.globo.

Além do Cruzeiro, outras SAFs como Botafogo, Coritiba e Vasco da Gama também assinaram com os investidores. Apesar do acordo, o quarteto não passa a integrar oficialmente o Forte Futebol. John Textor, gestor do Glorioso, teve a ideia de criar um bloco “de centro”, chamado de “Grupo União”, que tem como objetivo convencer outros clubes da Libra a fechar com esses investidores, adotando um discurso de unificação.

Os investidores se comprometeram a pagar até R$ 4,85 bilhões pelos direitos comerciais dos clubes, referentes ao Campeonato Brasileiro, por 50 anos. Como contrapartida, receberão 20% das receitas futuras durante a duração da sociedade.
 

Cruzeiro, Botafogo e Vasco haviam aderido, inicialmente, à Libra. Com o acordo firmado, Serengeti e LCP chegam a R$ 2,5 bilhões prometidos às equipes brasileiras que já se comprometeram com o fundo.

A assinatura garante o Cruzeiro como o dono da maior fatia dos valores até agora. Veja:

  • R$ 214 milhões – Cruzeiro
  • R$ 213 milhões – Fluminense
  • R$ 212 milhões – Vasco
  • R$ 203 milhões – Athletico-PR
  • R$ 184 milhões – Botafogo
  • R$ 159 milhões – Coritiba
  • R$ 152 milhões – Goiás
  • R$ 139 milhões – Sport
  • R$ 121 milhões – Ceará
  • R$ 121 milhões – Fortaleza
  • R$ 116 milhões – América-MG
  • R$ 94 milhões – Avaí
  • R$ 94 milhões – Chapecoense
  • R$ 93 milhões – Juventude
  • R$ 91 milhões – Atlético-GO
  • R$ 62 milhões – Criciúma
  • R$ 57 milhões – Cuiabá
  • R$ 43 milhões – CRB
  • R$ 38 milhões – Vila Nova
  • R$ 33 milhões – Londrina
  • R$ 26 milhões – Tombense
  • R$ 6 milhões – Figueirense
  • R$ 5,5 milhões – CSA
  • R$ 4 milhões – Brusque
  • R$ 4 milhões – Operário

Projeta-se que Internacional e Atlético-MG, caso fechassem com o mesmo fundo, receberiam, respectivamente, R$ 218 milhões e R$ 217 milhões.

Antecipação de receitas será possível


Apesar do acordo assinado pelo quarteto de SAFs conter a versão definitiva da parceira, ainda existem pontos a serem ajustados nas próximas semanas. Entre eles estão a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do governo que atua para evitar que atos anticoncorrenciais sejam formados pelo mercado. Somente com esse aval, será possível que a liga seja formada e possa vender seus direitos de transmissão de maneira conjunta.

Outro ponto se refere a questões de governança entre Forte Futebol e Grupo União, que precisarão definir como se dará a administração do bloco comercial como um todo.
 
 
 
 

Mesmo com essas etapas em andamento será possível antecipar valores por meio da XP, uma das assessoras técnicas do Forte Futebol e principal responsável pela captação dos investidores. Os clubes da Série A poderão solicitar o empréstimo de 40% das quantias prometidas, enquanto os da Série B terão direito a adiantar 20% dos montantes.

Assim como um empréstimo bancário convencional, as antecipações terão taxa de juros e os contratos de direitos de transmissão dados em garantia. A diferença é que elas têm como condição a assinatura do acordo de investimento com Serengeti e LCP.

LFF x Libra


A assinatura de Cruzeiro, Botafogo, Vasco com o Forte Futebol enfraquece a Libra, outro bloco de clubes, que conta com Corinthians, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Santos e São Paulo e tem negociação avançada com o fundo árabe Mubadala.
 
 
 
 

De acordo com Rodrigo Capelo, ainda existe a esperança de que os clubes conseguirão montar uma liga unificada para primeira e segunda divisões e não só blocos comerciais para a venda de direitos.