
No anúncio, o clube celeste não deu detalhes do acordo. O treinador, porém, assinará vínculo até o fim de 2020, com opção de renovação em caso de acesso à Série A em 2021. Também está prevista uma bonificação financeira se o clube alcançar o principal objetivo da temporada.
Ao lado do técnico, chegam à Toca II o auxiliar Luís Fernando Flores, que jogou pelo Cruzeiro entre 1990 e 1997, além do preparador físico Edy Carlos e o preparador de goleiros Aílton Serafim. Os três profissionais também deixaram o Vozão.
Saiba mais
Enderson explica por que aceitou convite do Cruzeiro, reforça gratidão e faz planos: 'Devolver o clube à elite' Cruzeiro suspende por tempo indeterminado atividades da equipe de vôlei em função da pandemia de coronavírus No Cruzeiro, Enderson Moreira pode reeditar com Ricardo Drubscky dobradinha que conquistou título da Série B pelo América
O desfecho das negociações foi conduzido já por Ricardo Drubscky, anunciado nesta terça-feira como novo diretor de futebol profissional. As bases já estão praticamente acertadas. O contrato de Enderson vai até dezembro, com ampliação ao fim de 2021 em caso de acesso à Série A.
Enderson e Drubscky trabalharam juntos no próprio Cruzeiro, em 2007, quando Drubscky era o diretor das categorias de base e Enderson o treinador do sub-20. O time venceu de forma inédita a Copa São Paulo sob o comando da dupla.
Naquela oportunidade, Enderson ajudou o Cruzeiro a revelar jogadores como o goleiro Rafael, o lateral-direito Marcos, os zagueiros Maicon e Wellington, o meia Luiz Fernando e os atacantes Guilherme e Jonathas.
Em 2008, ele assumiu o Ipatinga e, em seguida, dirigiu grandes clubes brasileiros: Internacional B (2009/11), Fluminense (2011), Goiás (2011/13), Grêmio (2014), Santos (2014/15), Athletico Paranaense (2015), Fluminense (2015), Goiás (2016), América (2016/18), Bahia (2018/19) e, por fim, Ceará (2019 e retornou 2020). No Cruzeiro, ele fará o seu 14º trabalho diferente na categoria profissional.
Títulos e trabalhos mais sólidos
O trabalho mais bem-sucedido de Enderson foi no Goiás, entre 2011 e 2013. No período, ele conquistou o bicampeonato goiano, em 2012 e 2013, e a Série B de 2012. Foi também a passagem mais longeva do treinador por um clube: dois anos e dois meses. O aproveitamento foi de 64,01%.
Outra experiência de Enderson que chamou atenção nacionalmente foi no América, entre 2016 e 2018. Em um ano e 11 meses no cargo, teve rendimento de 48,34% e conquistou a Série B de 2017. Moreira é o quinto treinador que mais dirigiu o Coelho.
Este ano, Enderson Moreira assumiu o Ceará em fevereiro e deixou o Vozão invicto. Em dez jogos, conquistou seis vitórias e quatro empates.
Formação e trajetória na base
Apesar de ter nascido em São Paulo, Enderson Moreira passou sua infância e juventude em Belo Horizonte. Ele se graduou em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1995 e teve longa trajetória como preparador físico e treinador de base.
Na primeira função, trabalhou no juvenil do Venda Nova (1992) e no júnior do América (1995 a 2005). Como técnico, dirigiu o infantil do Venda Nova (1992), o júnior do Sete de Setembro (1998), o juvenil do Santa Tereza (1999), o juvenil do América (2000), o juvenil do Atlético (2004 a 2006) e o júnior do Cruzeiro (2006/07).
Na primeira função, trabalhou no juvenil do Venda Nova (1992) e no júnior do América (1995 a 2005). Como técnico, dirigiu o infantil do Venda Nova (1992), o júnior do Sete de Setembro (1998), o juvenil do Santa Tereza (1999), o juvenil do América (2000), o juvenil do Atlético (2004 a 2006) e o júnior do Cruzeiro (2006/07).
Longevidade e números de Enderson desde 2011:
Fluminense, em 2011
3 meses no cargo
13 jogos: 8 vitórias, 2 empates e 3 derrotas
66,66% de aproveitamento
Goiás, entre 2011 e 2013
2 anos e dois meses
151 jogos: 85 vitórias, 35 empates e 31 derrotas
64,01% de aproveitamento
Campeão goiano em 2012 e 2013
Campeão da Série B em 2012
Grêmio, em 2014
6 meses e 23 dias no cargo
36 jogos: 19 vitórias 10 empates e 7 derrotas
62,03% de aproveitamento
Santos, em 2014 e 2015
6 meses no cargo
30 jogos: 16 vitórias, 5 empates e 9 derrotas
58,88% de aproveitamento
Athletico Paranaense, em 2015
1 mês no cargo
10 jogos: 3 vitórias, 1 empate, 2 derrotas
33,33% de aproveitamento
Fluminense, em 2015
4 meses no cargo
26 jogos: 11 vitórias, 4 empates e 11 derrotas
47,43% de aproveitamento
Goiás, em 2016
6 meses no cargo
27 jogos: 13 vitórias, 7 empates e 7 derrotas
56,79% de aproveitamento
Campeão goiano
América, entre 2016 e 2018
1 ano e 11 meses no cargo
111 jogos: 43 vitórias, 32 empates e 36 derrotas
48,34% de aproveitamento
É o quinto treinador que mais dirigiu o clube
Campeão da Série B em 2017
Bahia, em 2018 e 2019
9 meses no cargo
56 jogos: 22 vitórias, 19 empates e 18 derrotas
50,59% de aproveitamento
Ceará, em 2019
5 meses no cargo
21 jogos: seis vitórias, 5 empates e 11 derrotas
27,2% de aproveitamento
Ceará, em 2020
1 mês e sete dias no cargo
10 jogos: seis vitórias, 4 empates
72,33% de aproveitamento