O Atlético busca neste domingo, contra a Caldense, o 43º título do Campeonato Mineiro. Uma história iniciada em 1915 e que teve justamente o Galo como primeiro campeão do torneio, na época criado e organizado pela Liga Mineira de Desportos Terrestres.
Era a época do amadorismo no futebol. Se hoje o Alvinegro conta com jogadores que se dedicam exclusivamente ao clube e recebem grandes salários, há 100 anos, segundo o Galodigital, o elenco era formado por oito funcionários públicos, três ourives, um tipógrafo, dois professores, um empregado do comercio, um viajante e 10 estudantes. Desses, 23 eram brasileiros, dois ingleses (Cuthbert e Ross) e um italiano (Dionisio Beltrani).
Na campanha, contra América, Cristóvão Colombo, Higiênicos e Yale, o Atlético obteve cinco vitórias, um empate e sofreu uma derrota. A equipe marcou 20 gols e levou 5. O artilheiro do time e da competição foi o atacante Meireles, com sete gols.
Passados 100 anos da primeira conquista, o Galo se tornou o maior vencedor da história do Campeonato Mineiro, com 42 taças. O clube tem cinco a mais que o arquirrival Cruzeiro.
Nessa caminhada centenária, o futebol também passou por profundas transformações. O amadorismo deu lugar ao profissionalismo. Saem os funcionários públicos, ourives e tipógrafos para a entrada dos atletas, que contam ainda com estruturas como a da Cidade do Galo.
O futebol virou negócio, e milionário. Os direitos econômicos do elenco do Atlético, segundo o balanço financeiro de 2014 do clube, aprovado esta semana pelo Conselho, foram avaliados em R$ 123.540.668,00. Entre os destaques estão Marcos Rocha, Jemerson e Lucas Pratto, três dos jogadores mais valiosos do grupo.
Em levantamento feito pela Pluri Consultoria, no começo do ano, o Galo era dono do terceiro elenco mais caro do futebol Sul-Americano.