Atlético

Que não fique só nos 15 minutos

Marquinhos Cambalhota joga menos de um quarto do jogo contra o Grêmio, faz o gol da vitória e sai de campo ovacionado pela torcida

postado em 07/11/2011 09:33



Quando soube na sexta-feira que estaria entre os relacionados para o jogo contra o Grêmio, no sábado, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, Marquinhos Cambalhota, não por acaso, pediu compreensão à massa. Afinal, desde a sua chegada ao Galo, em abril, aquele seria somente o terceiro jogo do atacante com a camisa alvinegra. Ele não só foi compreendido como saiu de campo ovacionado pelos torcedores por causa do gol que definiu o triunfo por 2 a 0 sobre o tricolor gaúcho. E espera que aquele seja o marco de um novo tempo no clube.

Ídolo no futebol japonês, no qual atuou por 10 anos – seu último clube foi o Vegalta Sendai –, Cambalhota passou praticamente a temporada toda do Brasileiro no departamento médico, vítima de seguidas lesões. 

Sob o comando do técnico Cuca, ele jogou apenas 15 minutos do segundo tempo da partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, em setembro, e convenceu o treinador. “Eu gostei muito do que vi lá e na sexta-feira eu disse para o doutor que precisava do Marquinhos, pelo menos meia hora, no jogo contra o Grêmio. Falei com o Carlinhos (Neves, preparador físico) e eles entenderam. Mesmo que o Marquinhos não esteja na condição ideal de jogar, tem uma característica que a gente precisa”, elogiou Cuca.

Segundo Cambalhota, ele encontrou no técnico a confiança que lhe faltava e espera, em breve, retribuí-la. “Ele (Cuca) tem me dado muita força, me passado confiança, assim como os dirigentes e toda comissão técnica. Estou mais do que motivado para retribuir esse apoio e mostrar por que eles acreditam em mim.” Na última partida, Marquinhos entrou aos 28min do segundo tempo e dois minutos depois marcou belo gol, o primeiro com a camisa atleticana. Naquele momento, o Galo, com um jogador a menos – Neto Berola havia sido expulso –, enfrentava pressão gremista. 

Mas o jogador teve tranquilidade para definir o resultado. Logo em seu primeiro lance, em contra-ataque, ele soltou uma bomba de fora da área, sem chances de defesa para Victor. “A gente que é atacante tem de ter um pouco mais de tranquilidade para fazer os gols. Quero agradecer ao treinador, que confiou em mim. Entrei, dei o máximo para ajudar e fico muito feliz em ter feito gol depois de tanto tempo”, observou Cambalhota.

NADA FÁCIL Com o triunfo sobre o Grêmio, o Galo ampliou a distância da zona de rebaixamento e afastou virtualmente o risco de queda. Tem 39 pontos agora e, segundo especialistas, com mais três, permanecerá definitivamente na elite. Na próxima rodada, sábado, enfrentará o Figueirense, no Orlando Scarpelli. Será outro duro confronto, na opinião do técnico Cuca. “O Figueirense agora belisca a zona da Libertadores. Parece que está fácil para nós, mas não está. Ainda vamos pegar o Figueirense, o Corinthians e o Cruzeiro, fora, além do Botafogo, que luta pelo título, e o Coritiba. Vamos nos preparar bem para, no sábado, fazer um grande jogo, mesmo com o Scarpelli lotado.”

E MAIS...

MUDANÇAS FORÇADAS
O técnico Cuca será obrigado a mudar o time para o jogo de sábado contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli. O atacante Neto Berola foi expulso diante do Grêmio e terá de cumprir suspensão automática. Caso semelhante ao do zagueiro Leonardo Silva, que não jogará por causa do acúmulo de cartões amarelos. Werley deve ser o substituto do defensor. Na frente, Magno Alves pode formar o ataque ao lado de André. Não seria surpresa, no entanto, se Marquinhos Cambalhota for o escolhido por Cuca para começar a partida. O treinador inicia, na tarde de hoje, na Cidade do Galo, os preparativos para o próximo confronto.