Anderson Silva dispara contra críticos: 'os fãs mostraram que não são tão fãs assim'

De herói a vilão em apenas uma luta. A derrota para Chris Weidman no UFC 162 certamente deixará marcas eternas na carreira de Anderson Silva. Além de perder o cinturão dos médios, o Spider viu sua credibilidade com os fãs brasileiros afundar. Alguns torcedores, mais comedidos, criticaram as brincadeiras exageradas do lutador diante do norte-americano, mas apostam em uma reabilitação do ex-campeão. Outros, mais fervorosos, acreditam com veemência na teoria da conspiração: o maior atleta de MMA de todos os tempos vendeu o cinturão.

Insatisfeito com a postura dos fãs tupiniquins que deixaram de apoiá-lo depois do revés em Las Vegas, Anderson Silva disparou contra os críticos em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, que foi ao ar nesse domingo. “Eu respeito o que os fãs têm para dizer, mas não luto só pelos fãs. Eu luto porque amo o esporte e, infelizmente, os fãs mostraram que não são tão fãs assim”, afirmou.

O ex-campeão da categoria até 84kg ainda rechaçou qualquer possibilidade de ter entregado a luta para Chris Weidman. “Não. Não foi combinado. Eu nunca faria isso até em respeito aos meus fãs e ao Brasil. Eu sempre disse que esse título era brasileiro e que continuaria no Brasil. Infelizmente, não deu”.


Anderson Silva reconhece que a derrota para Chris Weidman será um fardo. No entanto, ele sabe que pode tirar lições importantes do resultado negativo. “Claro que vai ficar marcado na minha historia. Anderson Silva foi nocauteado. Mas isso serve como aprendizado. É difícil. Ninguém gosta de perder. Eu treino quatro meses antes de uma luta para vencer. Você acaba aprendendo com os erros e eu aprendi da pior maneira possível”, ressaltou.

A revanche já está marcada. O presidente do UFC, Dana White, confirmou que Anderson Silva e Chris Weidman lutarão novamente no dia 28 de dezembro, na edição 168 do evento, na MGM Grand Arena, em Las Vegas. Apesar do exagero nas provocações no primeiro combate, o Spider garante que não vai mudar o seu estilo de luta.

“As provocações vão continuar. Elas fazem parte do show. Se tivesse dado certo contra o Weidman, as pessoas iriam elogiar. Em todo esse tempo como campeão do UFC isso deu certo. Eu faço essas provocações com guarda baixa porque sou fã do Muhammad Ali e do Roy Jones Jr. Mas certamente a derrota serviu para provar que eu tenho que me reinventar como pessoa e atleta”, encerrou.