Na capital mineira, Duncan representou os Estados Unidos em Torneio Internacional contra Brasil, Uruguai e Angola. Os jogos foram no Mineirinho. O time brasileiro, dirigido por Ênio Vecchi, terminou como campeão, em uma geração de transição, que se preparava para os Jogos Olímpicos de Atlanta'1996. O time titular era formado por Maury, Rogério Kafke, Paulinho Villas-Boas, Pipoca e Josuel.
"Tem uma passagem que não me esqueço é que, depois do jogo entre Brasil e Estados Unidos, o Tim Duncan foi até o vestiário perguntar para o Josuel como ele fazia aquele gancho, que ele ficou encantado", lembra o ex-ala Chuí, que estava em quadra na vitória do Brasil sobre os Estados Unidos, por 102 a 77, no Mineirinho. "Ele era cumprido e magrelo. Quatro anos depois, eu estava em casa vendo NBA e levei um susto ao vê-lo em quadra. Na mesma hora liguei para o Fernando (Minuzzi) para comentar se ele lembrava daquele jogador que enfrentou a gente."
Reserva na Seleção Norte-Americana, formada em sua maioria por jogadores que iniciavam no basquete universitário, Duncan foi discreto e começou todas as partidas como reserva e fez apenas 28 pontos ao longo do quadrangular. No duelo contra os anfitriões, o Brasil venceu por 102 a 77. Na biografia Tim Duncan, assinada por Sean Adams, em 2004, o jogador destacou sua experiência em 1994. "Jogar internacionalmente realmente me ajudou a se desenvolver", disse. "Tive a chance de jogar contra jogadores mais velhos, fortes e mais experientes".
Duncan anunciou aposentadoria nesta segunda-feira, aos 40 anos, depois de 19 temporadas e cinco títulos pelo San Antonio Spurs. O jogador é o terceiro da história da liga a superar a marca de 1.000 vitórias – o único por um mesmo time. Duncan foi escolhido 15 vezes para a seleção ideal e outras 15 para o time de defesa. Novato do ano em 1998, foi MVP em duas oportunidades (2002 e 2003) e MVP da finais em outras três (1999 2003 e 2005).