Cruzeiro

CRUZEIRO

Mais do que três pontos

No 100º jogo oficial de Marcelo Oliveira, Cruzeiro briga para manter a força no Brasileiro, diante do Santos, e busca ficar a apenas duas da milésima vitória no Mineirão

postado em 17/08/2014 14:01 / atualizado em 17/08/2014 09:22

Eugênio Moreira /Estado de Minas

Rodrigo Clemente/EM/D.A. Press
Vencer é o objetivo de qualquer equipe em todo jogo. Mas, para o Cruzeiro, a vitória sobre o Santos hoje, às 16h, no Mineirão, pela 15ª rodada do Brasileiro, terá significados extras. O principal deles é confirmar a vantagem na briga pelo quarto título nacional, depois de empates fora de casa nas duas últimas rodadas, com Botafogo (1 a 1) e Criciúma (0 a 0). Será importante também para marcar o 100º jogo oficial de Marcelo Oliveira no comando da Raposa e para ficar a apenas dois da marca de 1.000 triunfos na história do estádio. Justamente contra o primeiro adversário a não sair derrotado pelos celestes na nova versão do estádio. Depois de ganhar os 13 jogos anteriores desde a reinauguração, eles tropeçaram no Santos e ficaram no 0 a 0, em 11 de agosto do ano passado, no primeiro turno do Brasileiro. A expectativa de grande público levou ontem o clube mineiro a aumentar a carga de ingressos de 40 mil para 50 mil.

Para sair do Mineirão com mais três pontos, o Cruzeiro sabe que precisará ter cuidado redobrado com Robinho, que iniciou bem a terceira passagem pelo clube santista. Na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, há uma semana, na Vila Belmiro, ele estreou com boa atuação. E na quinta-feira teve participação decisiva na vitória por 2 a 0, também em casa, sobre o Londrina, que levou o Peixe às oitavas de final da Copa do Brasil. “O Santos confirmou o que a gente já sabe: se propõe a jogar sempre ofensivamente e vai trazer muita dificuldade para a gente”, comenta Marcelo. “O Cruzeiro tem de estar muito atento e fazer sua parte no Mineirão, como tem sido. Robinho acrescenta muito, é muito criativo e técnico. Volta empolgado ao Santos, onde cresceu e se tornou ídolo. Merece toda a atenção pela qualidade técnica e o poder de decisão.”

Como o atacante geralmente atua pelo lado esquerdo, receberá a marcação do lateral-direito Mayke, mantido na equipe mesmo com a recuperação de Ceará. O jovem tem a confiança de Marcelo para a missão: “Estou dando uma sequência para observá-lo bem, sabendo que tem um jogador extraordinário e muito eficiente no banco. Mas estou tranquilo com um ou com outro”. O treinador não vai fazer marcação especial sobre Robinho. “Será por zona. Se ele cair para o meio, será marcado por um volante e deixará o Mayke livre para atacar.”

ATENÇÃO No meio-campo, Robinho será acompanhado de perto por Henrique, que volta depois de cumprir suspensão diante do Criciúma. “A gente fica feliz por ter a confiança do treinador, o que aumenta a do jogador para desempenhar seu trabalho.” O volante sabe que terá trabalho com o craque santista. “Ele tem muito recurso. Para marcá-lo, tem de estar sempre ligado. Se marca a esquerda, ele vira para a direita. Se marca a direita, ele sai pela esquerda. Tem um drible muito bom e faz a diferença em pequenos espaços. Pode desequilibrar, fazer gols e dar passes”, elogia.

Henrique não vê a obrigação de vitória aumentar depois de dois empates. “Vencer em casa a gente sempre tem a obrigação. Empatar fora é normal no futebol. Temos adversários com qualidade. Estamos fazendo nosso dever. Esses pontos fora serão importantes na somatória no final. Não podemos nos desesperar.”

Depois de enfrentar duas equipes mais fechadas, o Cruzeiro terá como adversário um time de mais qualidade ofensiva. Para Henrique, no entanto, a possibilidade de o Santos deixar a Raposa jogar não é vantagem. “Não facilita. A gente vai jogar de igual para igual. São duas grandes equipes, que jogam para vencer. Isso dificulta, porque o adversário tem sua qualidade. Os erros têm de ser os menores possíveis. Se você erra contra uma grande equipe, a chance de perder é maior.”

Outra mudança é a volta ao ataque de Willian, titular pela primeira vez desde que acertou a permanência na Toca. “Qualquer jogador que cumpre essa função de voltar para marcar poderia jogar. O Willian tem boa mobilidade e, além de entrar mais descansado, entra com vontade de atuar bem. Isso é saudável para a concorrência. O Marquinhos é muito tático também e cumpriu muito bem seu papel”, justificou Marcelo.

Avisado de que seria convocado para os amistosos da Bolívia contra Equador e Méx ico, em 5 e 9 de setembro, nos Estados Unidos, o atacante Marcelo Moreno se antecipou e pediu dispensa à Federação Boliviana de Futebol.